sábado, 25 de junho de 2011

Pano bordado a matiz ( desenho tradicional de S. Miguel



Este foi o bordado que comecei há cerca de 52 anos,
para aprender matiz
nas célebres aulas de Lavores do Liceu.
O tecido, que já vinha riscado, é popeline bege...
nem sequer foi linho branco!...
Talvez
alguém duvidasse da "perfeição"
que iria sair
do meu primeiro trabalho a matiz!...
Se calhar esse
alguém teve toda a razão, pois a obra,
nesse ano letivo,

ficou apenas com 2 ou 3 raminhos incompletos...

até agora!!!
Passados 50 anos resolvi acabar a
obra prima!...
Mesmo guardado, o tecido ficou com nódoas que não quiseram sair.

Mas esta relíquia terá de perdurar:
vou utilizá-la como fundo dum tabuleiro de madeira,
de modo a que as nódoas do tempo fiquem escondidas.


E foi bordando que passei parte destes dias que
estive em Miranda do Douro com o meu marido.
Passeámos muito... fizemos 1550 km nos 10 dias,
andámos pelo Alto Douro Vinhateiro ( património mundial ),
nordeste transmontano e um pouco de Espanha.
E eu, que não como carne,
acabei por atacar metade desta tenra posta mirandesa!
Irei mostrar as fotos...
para fazer crescer água na boca aos apreciadores!!!

E olhem só o que ficou!!!...
Aconselho a posta mirandesa deste restaurante,
O Miradouro:
muito tenra, suculenta, ótimo atendimento,
com vista para o Rio Douro, como o nome indica,
e uma dose foi a quantidade certa para os dois.
Ficaram na travessa apenas as batatas a murro,
só pela quantidade, pois estavam ótimas... mas...
Agora vou espreitar os blogues...
estava cheia de saudades vossas!
Abraço-vos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trutas da Lagoa do Fogo


No passeio que demos com os nossos amigos à Lagoa do Fogo,
encontrámos uns jovens
que tinham acabado de pescar trutas na lagoa.
Meti conversa com eles e acabei comprando-lhes a fresca,
ainda que parca, pescaria.

Por mim, pensei logo na receita que iria fazer para o jantar

e só coube aos nossos acompanhantes

afiar os dentes para o repasto do final da tarde.

Preparei as trutas, tive de as cortar ao meio para caberem na frigideira

e só depois desta operação é que vi que eram trutas salmonadas!

Temperei-as com uma pitada de sal, alho picadinho, calda de pimenta e uns pingos de vinagre.

Fritei-as depois de as passar por farinha de milho e coloquei-as na travessa.

Levei ao lume uma quantidade generosa de azeite, 2 cebolas médias às meias rodelas, 8 dentes de alho picados, 1 colher de sopa de calda de pimenta e fui mexendo até a cebola amolecer. No final juntei uma colher de chá de vinagre e sumo de 1 limão galego.

Deitei um pouco deste molho por cima das trutas e o resto na molheira.

Para acompanhamento cozi umas batatas da terra, com casca,

depois de bem lavadas e de lhes ter dado um golpe fundo.

Na água de as cozer deitei um pouco de calda de pimenta

e 3 dentes de alho esmagados, com casca e tudo!



Só a minha mãe quis uma sopinha antes das trutas.
Os restantes quiseram queijo fresco de cabra,
com a tal calda de pimenta
e todos achámos maravilhosa aquela refeição
cujo mérito coube
às fresquinhas trutas salmonadas da
lagoa mais bonita da minha linda ilha!



Digam lá: é ou não é a lagoa mais bonita de
S. Miguel???

É!!!

Mas vê-la-iam bem melhor
se esses 2 aí não estivessem a tapar a magnífica paisagem!!!...


UM ABRAÇO!

domingo, 5 de junho de 2011

Garrafa pintada (autoria e oferta da Manuela Pimentel)

Linda garrafa pintada pela amiga Manuela Pimentel
e que me foi oferecida neste dia.
Fiquei radiante e indecisa quando a Manuela me deu a escolher uma
de entre várias, pois todas eram muito bonitas.

Depois do casal amigo Consuelo e Hasmuk ter partido,
fomos visitar outro casal amigo, desta vez, conterrâneo, Luís e Manuela.
Receberam-nos como sempre, com muito carinho e chá...
por acaso desta vez, com o calor, fui nas cervejinhas
para acompanhar o ótimo lanche feito pela Manuela.
Estes amigos têm uma belíssima casa numa quinta perto da praia do Pópulo e recebem hóspedes, razão por que não resisti à tentação de trazer uns panfletos para a divulgar e vos mostrar a sua beleza, já que o requinte, o conforto, o sossego e a hospitalidade não conseguirei aqui mostrar.
Aqui na foto está o meu marido (à esqª,) com os nossos amigos.
Há alguns anos aconteceu uma coisa muito curiosa
que vou relatar para quem gostar de me conhecer melhor.
Em 1966 o Fernando, sem alternativa viável a não ser desertar, foi para a guerra na Guiné, para defender...???blablabla...
Encontrou lá um colega açoriano. Durante as apresentações, disse que namorava uma menina também açoriana, de Ponta Delgada, de nome Teresinha, filha do Dr. Hugo, ao que o amigo respondeu “Não digas mais, conheço-a bem e sou amigo dela e da família”.
Numa carta o Fernando contou-me que estava com ele um colega micaelense chamado Luís Pimentel, que me conhecia, que tinha andado no liceu com os meus irmãos, que ia lá a casa... mas, na altura, nunca consegui saber quem era esse tal Luís Pimentel!...
Entretanto o Fernando, em 1968 regressou são e salvo da Guiné, foi trabalhar para Moçambique. Um ano depois, resolvi acabar com o curso de letras em Coimbra... e fui ter com ele para nos casarmos.
Um dia, estávamos a ver os nossos álbuns de fotografias de solteiros e o Fernando parou numa e disse, apontando para um rapaz que estava sentado num grupo em eu também aparecia e disse “Olha, afinal conheces o Pimentel, é este rapaz aqui!”. Numa risota respondi “Pois, mas esse aí conheço-o como Luisinho Godofredo... nunca o associaria ao tal Luís Pimentel...
que também é Godofredo!




Ampliando as fotos poderão ver, além da linda linda garrafa,
as imagens e o que está escrito nos panfletos,
para o caso de quererem distrutar de umas ótimas férias
num local paradisíaco e com acolhimento bem caloroso e simpático.

Obrigada, Manuela e Luís. Beijinhos.

Será um prazer ler os comentários de quem me visitar.
Um abraço!